domingo, 18 de março de 2018

A mediocridade da intervenção no caso dos azulejos na Praça da Figueira.




 A mediocridade da intervenção no caso dos azulejos na Praça da Figueira.

Em artigo de Opinião no Público afirmei que a cobertura da fachada por Azulejos constituía um grave atentado de Leso-Património. (“A importância deste bloco deve-se ao facto de ele constituir um arquétipo ainda intacto da primeira fase da Reconstrução Pombalina.” https://www.publico.pt/2018/02/06/local/opiniao/azulejos-na-praca-da-figueira-um-grave-atentado-de-lesapatrimonio-1802052 )
Entretanto “ecos” desta interpretação chegaram à Assembleia Municipal, através de uma Recomendação apresentada pelo PPM, aprovada por maioria,  que pedia à Câmara da capital o "congelamento imediato" do projeto de revestimento das fachadas da Praça da Figueira a azulejos. (Ver notícia em baixo )
Além de inaceitável em Bloco Pombalino indivísivel na sua Unidade Patrimonial, bloco este, que devia ser classificado como Monumento Nacional, a intervenção vista numa perspectiva comparativa com outros revestimentos de azulejos do Sec. XIX e XX, é totalmente medíocre e artísticamente péssima.
Assim basta ir apenas ao pormenor de que as molduras das janelas não são desenvolvidas através de azulejos mais estreitos, em contraste com o todo, mas meramente pintadas ...
António Sérgio Rosa de Carvalho / OVOODOCORVO





LUSA
A deputada do PPM Aline Hall de Beuvink defendeu que aquele revestimento "vai contra o plano de pormenor da salvaguarda da baixa pombalina"
O Voo do Corvo. Blogspot
February 28 at 9:36am

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira por maioria uma recomendação apresentada pelo Partido Popular Monárquico (PPM) que pede à Câmara da capital o "congelamento imediato" do projeto de revestimento das fachadas da Praça da Figueira a azulejos.

A recomendação teve os votos contra de seis dos oito deputados independentes eleitos pelo PS, a abstenção do PCP e os votos a favor dos restantes deputados.

Na sua intervenção na reunião, a deputada do PPM Aline Hall de Beuvink defendeu que aquele revestimento "vai contra o plano de pormenor da salvaguarda da baixa pombalina".

"É um dos melhores exemplares da arquitetura pombalina e um dos primeiros a ser reconstruído após o sismo de 1755. É um edifício fundamental para a candidatura a Património Cultural", afirmou.

Na recomendação, é pedido à Câmara Municipal de Lisboa que "ordene o congelamento imediato do projeto, que prevê o revestimento azulejar das fachadas da Praça da Figueira, por este entrar em clara contradição com o Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina", aprovado pela AML. O PPM considera que este projeto é "um grave atentado de leso-património de efeitos devastadores em toda esta zona nobre da cidade".

O texto, assinado pela deputada Aline Hall de Beuvink, pede então que o município "transmita à Assembleia Municipal a autoria e o projeto de reabilitação da Praça da Figueira, para que a AML o possa analisar à luz do Plano de Pormenor de Salvaguarda da Baixa Pombalina".

No início do mês, o jornal Público avançou que "os donos dos prédios da Praça da Figueira vão ser obrigados a colocar azulejos na fachada se quiserem fazer obras". Atualmente, os azulejos azuis, brancos e cinzentos já cobrem a fachada do quarteirão da Suíça, retomando um antigo projeto do arquiteto Daciano da Costa.

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