segunda-feira, 2 de outubro de 2017

UE não pode "desviar o olhar"



UE não pode "desviar o olhar"

O presidente regional apelou a Bruxelas para que se envolva diretamente no conflito que opõe o estado espanhol e a Catalunha e considera que a UE "não pode continuar a desviar o olhar" depois destes resultados.

"Somos cidadãos europeus e hoje sofremos a vulnerabilização dos nossos direitos e liberdades", referiu Carles Puigdemont, exigindo uma "ação imediata" por parte da União Europeia.

Segundo o responsável catalão, a situação que se gerou na Catalunha "pela intransigência e repressão, pela negação absoluta do reconhecimento da realidade, pela hostilidade face às exigências democráticas dos cidadãos do nosso país, já não é um assunto interno, mas um assunto de interesse europeu", considerou.

Horas antes da declaração de Puidgemont, o presidente do Governo espanhol tinha acusado os separatistas de "chantagear toda a nação". Apesar da posição de confronto perante o referendo, Mariano Rajoy apelou ao diálogo e reflexão conjunta entre "todos os partidos com representação parlamentar".

Antes do referendo, o líder da Catalunha tinha prometido que a vitória do "Sim" levaria a uma declaração da independência 48 horas depois do voto. Perante a confusão, a violência vivida ao longo do dia e as várias assembleias de voto que ficaram por abrir, Rajoy não esperava que o governo regional pretendesse ler neste referendo um resultado conclusivo.

Rajoy disse mesmo esperar um regresso à "normalidade constitucional" e que os líderes catalães "não repetissem os erros que têm cometido".

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