segunda-feira, 3 de julho de 2017

Os momentos "horribilis" de António Costa



Imagens do Dia / OVOODOCORVO
Roubo de Tancos. Gravíssimo acontecimento. Seja qual for a esfera em que se situe. Criminalidade Organisada ou ramificações ao Terrorismo, Portugal torna-se numa anedota dolorosamente caricatural ao nível de um País saído das páginas de TimTim. Depois de Pedrógão e este acontecimento o Governo de Costa perdeu toda e qualquer Credibilidade. Este será sem dúvida o "Annus Horribilis " de António Costa. Poderá ser que irá perder "qualquer coisa mais" do que o sorriso victorioso e insinuante de marabalismos.

OVOODOCORVO

“Os factos são eles próprios uma enorme acusação”
"Não me lembro em toda a minha vida militar nacional ou internacional de ter havido uma situação desta gravidade”, diz general Garcia Leandro.

ANA DIAS CORDEIRO 2 de Julho de 2017, 7:23

 Garcia Leandro diz que também há “responsabilidade política”

“Os factos, independentemente daquilo que se investigar, são eles próprios uma enorme acusação”, diz sobre o assalto a Tancos o general Garcia Leandro, oficial general do Exército, com uma longa carreira nacional e internacional.

“Não me lembro em toda a minha vida militar nacional ou internacional de ter havido uma situação desta gravidade em paióis nacionais”, reforça. Numa breve entrevista por telefone, explica que os paióis nacionais, pela sua dimensão e material diverso, “obrigam a uma segurança permanente, estrutural, que não pode ser sujeita a explicações conjunturais nem burocráticas”.

Tancos “é uma zona militar com uma grande sensibilidade”, diz o também professor do ensino superior militar e professor e investigador no campo da estratégia e da segurança internacional.

“A segurança não pode falhar”, acrescenta. “Não é aceitável que haja um sistema de videovigilância que há dois anos não esteja a funcionar. Não há argumentos financeiros que possam aceitar uma coisa destas. Não é perdoável. O sistema burocrático ou os cortes financeiros não podem sobrepor-se à segurança nacional.”

E explica: “Num Orçamento do Estado, há questões de primeira responsabilidade, de risco e muito importantes para a nação como um todo. Essas questões, que põem em causa a segurança dos cidadãos e do Estado, não podem estar sujeitas a questões conjunturais, de burocracia, do despacho, dos cortes financeiros”, acrescenta, concluindo que há, por isso, os “responsáveis militares, executores e chefias”, mas também “a responsabilidade política”.

Geringonça aperta Costa. Tancos é culpa deste Governo
03 DE JULHO DE 2017
Miguel Marujo

PCP diz que responsabilidade é do primeiro-ministro. BE lembra dinheiro poupado no défice que devia ter dado resposta às tarefas do Estado. Marcelo quer dúvidas todas esclarecidas

BE e PCP carregaram ontem nas críticas ao Governo de António Costa, que apoiam no Parlamento, associando os cortes e a redução do défice às falhas do Estado no roubo de Tancos (e no incêndio de Pedrógão Grande). Poupou-se para reduzir o défice, cortou-se até "ao osso" e o Estado "falha em tarefas fundamentais", acusaram ontem a coordenadora bloquista, Catarina Martins, e o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa. Segundo o líder do PCP, a responsabilidade é mesmo de Costa.

Falando em Viseu, Jerónimo de Sousa insistiu que o executivo do PS tem culpas no cartório. "Consideramos que existe uma responsabilidade clara por parte do Governo, por parte de sucessivos governos, que reduziram "ao osso" a condição militar, tanto no plano pessoal, dos direitos dos militares e da própria quantidade das Forças Armadas."

Sem perder o fôlego, o líder do PCP notou que isto aconteceu porque se esquece "muitas vezes que, aceitando as imposições designadamente da União Europeia, dos cortes e mais cortes, de reduções e mais reduções, colocam em causa aquilo que é a missão fundamental das nossas Forças Armadas, que é serem o garante da nossa independência e soberania".

Para Jerónimo, o que se passou em Tancos tem de ter consequências. "Estamos perante uma situação muito grave, que exige apuramento e também que se retirem consequências daquilo que aconteceu. Não se trata de mais um incidente, mais um crime, e creio que é fundamental que esse apuramento seja feito e se retirem as ilações, tanto no plano da instituição, como no plano político", referiu.

A responsabilidade é de Costa, apontou o secretário-geral comunista. "Se isto se resolvesse com a demissão do ministro, muito bem. Penso que, de qualquer forma, a responsabilidade política maior é do primeiro-ministro e é neste quadro que a questão deve ser colocada."

Para Catarina Martins, que falava em Salvaterra de Magos, o executivo socialista não pode lavar as mãos. "Podemos olhar para o governo PSD/CDS e para a forma como cortou irresponsavelmente no Estado, mas também temos que pensar que o PS está no Governo e que há mais de um ano e meio aprovou orçamentos do Estado e que deveria ter dado resposta a estas necessidades de serviços públicos", apontou.

A líder bloquista recordou que não se usaram 1,6 mil milhões de euros para "reduzir o défice ainda mais do que estava previsto", quando afinal sente-se "a falta que fazem em todos os serviços públicos e no funcionamento do próprio Estado". Tancos é o último exemplo deste "falhanço em tarefas fundamentais do Estado".

O Presidente da República referiu-se ontem pela primeira vez ao caso, para defender que para "não haver dúvidas que se deve investigar até ao fim em matéria de factos e responsabilidades". Outras questões, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, são o facto de se ter de prevenir que, no futuro, "não haja de seis em seis anos furtos destes e com gravidade crescente", referindo-se ao assalto no Carregado, em 2010, e que se investigue se existe alguma ligação entre este furto e outros dois que aconteceram "nos últimos dois anos em países membros da NATO, um deles há poucos meses".

Para já, as consequências imediatas passaram pela exoneração temporária de cinco comandantes de Tancos, decididas pelo chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte. Ao DN, o coronel Gil Prata notou que, "com a exoneração o militar cessa o exercício de funções do cargo para o qual tinha sido nomeado".

"Um militar pode estar suspenso preventivamente de funções, por exemplo para não estar em condições de interferir numa investigação, mas neste caso, na minha opinião, teria de se encontrar na situação de arguido na investigação. Exoneração temporária não percebo o que seja. Talvez alguma medida administrativa no âmbito do poder discricionário da administração", concluiu este militar.

Já o major general Raul Cunha defendeu ao DN que o CEME "tem a prerrogativa" de suspender os comandantes. "É mais uma interrupção de funções. O que vai acontecer é que não nomeará ninguém para os substituir", até estar concluída a investigação, apontou, recordando que "há três anos que se enviam relatórios para a estrutura de comando" a dar conta dos problemas.

Este es el inventario de lo robado en el arsenal de Portugal que tiene en alerta a Europa
EL ESPAÑOL ha tenido acceso a la documentación definitiva de lo robado en la localidad portuguesa de Tancos esta semana.

2 julio, 2017 03:38
PORTUGAL  TERRORISMO  ARMAMENTO  ESPAÑA  UNIÓN EUROPEA
Alejandro Requeijo  @Alex_Requeijo

Las fuerzas de seguridad europeas, ya de por sí en permanente alerta antiterrorista, tienen desde hace unos días una nueva razón para preocuparse: 1450 cartuchos de munición de 9 milímetros, 18 granadas de gas lacrimógeno, 150 granadas de mano ofensivas, 44 granadas cohete anticarro… Estos son algunos de los materiales militares robados el jueves en el arsenal nacional del Ejército de Portugal en la localidad de Tancos, según el inventario definitivo que ya ha sido trasladado a las fuerzas antiterroristas españolas y al que ha tenido acceso EL ESPAÑOL.

El botín de lo robado en el arsenal (situado a escasos 100 kilómetros de la frontera con España) se completa con 22 bobinas de hilo usado para activación por tracción, un disparador de descompresión, 24 disparadores de tracción lateral multidimensional inerte; 102 unidades de carga explosiva (modelos CCD10, CCD20 y CCD30). Los autores del asalto también se han llevado 264 unidades de explosivo plástico del tipo PE4A, 60 iniciadores modelo IKS y 30,5 unidades de láminas explosivas.

Las 18 granadas de mano de gas lacrimógeno son de varios modelos: seis de ellas son del tipo CS/MOD M7, diez son del modelo CM Anti-motim - M/968 y dos son granadas de mano Triplex CS. En cuanto a las granadas ofensivas son del tipo M321 y M962. Las 44 granadas cohete anti-carro son de 66 milímetros con espoleta M412A1, con lanzador M72A3 - M/986 LAW.

Por otra parte, fuentes del Ministerio del Interior confirman que Portugal se ha puesto en contacto con España para comunicar el suceso. El robo mantiene en vilo a todas las policías del continente. El país luso no descarta que lo sustraído pueda acabar en manos de algún grupo terrorista.

El ministro de Defensa portugués, Azeredo Lopes, ha sido preguntado expresamente por la posibilidad de que el botín acabe en manos yihadistas. “Hay un hecho indiscutible: que este material está ahora tratando de entrar en el mercado ilícito del tráfico de armas, que luego pueden servir para muchos propósitos diferentes, como la prevista [terrorismo] ", ha contestado.

Por lo pronto, la Unidad Nacional Contraterrorista (UNCT) va a participar junto a la Policía Judicial Militar en la investigación del caso, según informaba este sábado el Journal de Noticias portugués. Las autoridades lusas han puesto en conocimiento también a los organismos internacionales como sus aliados en la OTAN o Europol.

En un primer momento las autoridades portuguesas informaron sólo de una parte del material sustraído, pero posteriormente tuvieron que admitir que el golpe al arsenal militar ha sido más profundo. Los medios locales portugueses informan de que el Ejército no ha querido facilitar las cantidades completas. En el origen del robo puede haber un fallo grave de seguridad, ya que las autoridades portuguesas admiten que el lugar por el que accedieron los asaltantes contaba con sistema de videovigilancia que llevaba dos años inoperante. Portugal se encuentra reforzando la seguridad de sus arsenales militares y próximamente iba a reconstruir el vallado perimetral del recinto de Tancos e iba a dotarlo de un nuevo sistema de videovigilancia.

Por su parte, el jefe del Estado Mayor del Ejército, el general Rovisco Duarte, ha añadido otra derivada al robo al apuntar la posibilidad de que los ladrones tuvieran información privilegiada desde el interior del arsenal sobre lo que había en los almacenes. Horas después el propio Duarte anunciaba la destitución de cinco mandos militares por su responsabilidad en el robo, que ha generado las críticas de los partidos políticos de la oposición en Portugal.

La embajada de Estados Unidos en Lisboa ya ha aumentado el nivel de seguridad ante la proximidad del 4 de julio, día de su fiesta nacional, según informan los medios de comunicación lusos.

Inventario del material robado

1450      Cartuchos de 9 mm
22           Bobinas de hilo para activación por tracción
1             Disparador de descomprensión
24           Disparadores de trracción lateral multidimensional inerte
6             Granadas de mano de gas lacrimógeno CS/MOD M7
10           Granadas de mano de gas lacrimógeno CM Anti-motim M/968
2             Granadas de mano de gas lacrimógeno Triplex CS
90           Granadas de mano ofensivas M321
30           Granadas de mano ofensivas M962
30           Granadas de mano ofensivas M321 (en corte - para instrucción)
44           Granadas cohete anticarro 66 mm con espoleta M4112A1 con lanzados M72A3 - M/986 LAW
264         Unidades de explosivo plástico PE4A
30           CCD10 (Carga de corte)
57           CCD20 (Carga de corte)
15           CCD30 (Carga de corte)
60           Iniciadores IKS
30,5       Láminas KSL (Lámina explosiva)

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