terça-feira, 15 de março de 2016

Lançada petição online contra o novo restaurante da McDonald’s no Chiado


Lançada petição online contra o novo restaurante da McDonald’s no Chiado
POR O CORVO • 15 MARÇO, 2016

Depois de se ficar a saber que o espaço onde, no número 4 do Largo do Chiado, durante décadas, funcionou a Barbearia Campos iria dar lugar a mais um restaurante da rede de fast food McDonald’s, começaram a fazer-se ouvir as vozes críticas. E são em número crescente. Uma petição online, dirigida à Câmara Municipal de Lisboa e à Assembleia da República, contra a abertura da loja foi lançada por um cidadão, na passada sexta-feira (11 de março), sob o mote “NÃO A MAIS UM MCDONALDS!” e com a meta de chegar às 10 mil assinaturas. Ao final da tarde de ontem, quatro dias depois, havia reunido o apoio de 1.211 pessoas.

“A McDonalds vai instalar um restaurante no coração do Chiado. Qual a necessidade de três restaurantes McDonalds num raio de 300 metros? Qual a necessidade de mais uma hamburgueria na cidade? Qual a necessidade de perpetuar um modelo de negócios ostracizante para a cultura e negócios locais? Qual a necessidade de conspurcar a mais antiga e tradicional barbearia de Lisboa com a presença de um dos exemplos mais expressivos do excesso de exploração capitalista? A resposta para estas perguntas é nenhuma”, diz o texto da petição.

Seguindo a linha geral das críticas feitas, na semana passada, pela empresária Catarina Portas, são também muitos os que deixam a sua indignação contra a abertura do estabelecimento, no espaço dedicado aos comentários da página onde se encontra a petição. Alguns salientam o facto de já existir um restaurante da cadeia norte-americana nos Armazéns do Chiado e outro no Rossio. “Já chega de substituir o que caracteriza uma cidade ou país por espaços idênticos em todo o mundo e de natureza duvidosa”, diz um dos comentários. “Só a ideia de querer construir um McDonald’s à frente do café A Brasileira já é uma ofensa. Tenham pelo menos pena de quem aprecia Lisboa, já que não têm respeito”, apela outro.


Texto: Samuel Alemão

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