sexta-feira, 13 de março de 2015

Petição pede “acção imediata sobre os traficantes no centro histórico de Lisboa”


Petição pede “acção imediata sobre os traficantes no centro histórico de Lisboa”


 Uma petição online, lançada nesta quarta-feira (11 de Março), por um cidadão, e tendo como destinatários a Câmara Municipal de Lisboa (CML), a ministra da Administração Interna e a presidente da Assembleia da República, pede que as autoridades tomem medidas contra a “cada vez mais notória e escandalosa presença de pretensos traficantes de droga a agir no centro histórico de Lisboa, com particular incidência na Rua Augusta, Terreiro do Paço e Restauradores, com uma impunidade quase total”. No texto, “pede-se aos destinatários desta petição que parem de invocar incapacidade de resolver um problema e trabalhem no sentido de o resolver”.

 “Tão escandalosa como esta presença é a assumida incapacidade que as autoridades e CML, através da figura do vereador da Segurança, o Sr. Carlos Castro, têm em agir sobre estes indivíduos”, diz o texto que motivou a recolha de assinaturas, numa referência às recentes declarações do autarca, em que este se dizia impotente para pôr cobro à proliferação de indivíduos abordando os transeuntes na Baixa e no Bairro Alto, para supostamente lhes venderem estupefacientes. Isto porque, após tais pretensos traficantes serem interpelados pelas autoridades, disse o vereador, percebe-se que “o que eles estão a vender às pessoas é louro prensado, aspirinas esmagadas e sacos de farinha”.

 Mas o peticionário, o cidadão João Fernandes, acha que tal não é argumento. “O que esta petição pretende é que as autoridades competentes e as entidades responsáveis trabalhem no sentido de contornar ‘vazios legais’ e obstáculos que impedem a resolução do problema. A solução não é admitir que não se pode fazer nada mas sim trabalhar, pensar, reflectir e solucionar o problema. Não acredito e recuso-me a acreditar que é impossível fazer algo … se é possível passar multas a artistas de rua, de certo que é possível legislar no sentido de retirar esta nódoa das ruas da cidade de Lisboa”, diz a petição.

 “A postura de nada fazer perante este problema é escandalosa. As autoridades competentes e órgãos de gestão da cidade têm a responsabilidade de agir no melhor interesse dos cidadãos e/ou munícipes e tal não está a acontecer. O que se está a passar é uma postura de conformidade que vai resultar na continuação da situação tal como está ou até num agravamento da mesma”, diz ainda a petição, que, na tarde desta quinta-feira (12 de Março), ainda só havia sido assinada por 18 pessoas.


 Texto: Samuel Alemão

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