terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Alfândega de Lisboa e outros oito edifícios vendidos a imobiliária belga


Alfândega de Lisboa e outros oito edifícios vendidos a imobiliária belga
JOÃO PEDRO PINCHA / 23/12/2014, OBSERVADOR
A imobiliária do Estado já assinou o contrato-promessa de compra e venda e prevê que todo o processo esteja concluído em fevereiro. Contratos de arrendamento mantêm-se.

A Estamo, imobiliária do Estado, vendeu nove edifícios de Lisboa a uma empresa imobiliária sediada na Bélgica por 46,5 milhões de euros. Entre os imóveis vendidos encontra-se o da Alfândega, uma construção pombalina com um grande património em azulejos, que recentemente foi objeto de uma recomendação da Assembleia Municipal de Lisboa à câmara para que classifique o edifício como imóvel de interesse municipal.

O contrato-promessa de compra e venda foi celebrado esta terça-feira entre a Estamo e a Krestlis Portugal, uma empresa de Paços de Ferreira subsidiária da Krest Real Estate Investments, imobiliária familiar sediada em Bruxelas, na Bélgica.

O valor acordado (46,5 milhões) é 9,25 milhões superior ao que a Estamo definiria originalmente como preço-base, 37,25 milhões de euros. Segundo a imobiliária estatal, em resposta a questões do Observador, “a Estamo recebeu seis propostas de vários investidores institucionais e dos chamados “family offices” estrangeiros”, como é o caso da Krestlis, tendo sido esta a proposta vencedora.

A Estamo, que já recebeu esta terça 15 milhões de euros a título de sinal, espera ter o processo de venda dos imóveis concluído até 12 de fevereiro de 2015. Os nove edifícios foram vendidos num pacote conjunto e estiveram sujeitos a ofertas até 9 de dezembro. Além do edifício da Alfândega de Lisboa, onde funcionam alguns serviços da Autoridade Tributária e Aduaneira, estavam também incluídos na venda prédios na Baixa e na Rua Rodrigo da Fonseca – também eles ocupados por serviços do Estado e institutos públicos.


Apesar de os edifícios albergarem serviços estatais, o regulamento da venda obriga a entidade compradora a manter os contratos de arrendamento atualmente vigentes, pelo que os funcionários que ali trabalham não terão, para já, de mudar-se.

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