sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Pires de Lima declara guerra à hotelaria paralela e evasão fiscal.




“O Governo vai apresentar, nos primeiros meses do próximo ano, uma proposta legislativa que enquadre o alojamento local nas "novas realidades e tendências e combata o alojamento paralelo”
“Pires de Lima declarou-se inimigo das “novas formas de alojamento que competem com base na evasão fiscal”. A questão, reconheceu, “é um problema sério, mas estamos empenhados em contribuir para a sua resolução já no próximo ano”.
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Manuel Salgado elegeu a Baixa, coração estratégico da cidade de Lisboa, como palco globalizado de eventos e animação, e  área apenas e exclusivamente de residência temporária através de mais de 100 projectos para Hotéis além dos inúmeros Hostels.
A ideia de residir, habitar, Identidade Local,  assegurada por famílias, foi completamente posta de parte …
Agora, nos Bairros Históricos essas mesmas famílias, acossadas pela crise disponibilizam as sua casas, que se tornaram inabitáveis a partir de 5a Feira devido à “Animação” de rua, “boteillon” e afins, para aluguer, através de sites como o Airbnb.
Claro que este fenómeno sem planeamento e sem controle em termos de Hotelaria Paralela está já a concorrer já de forma determinante com a Hotelaria Clássica.
Adivinha-se neste conjunto de circunstâncias, inevitávelmente o desastre de saturação do mercado com uma oferta que vai largamente ultrapassar a procura.
Chama-se a isto mau Planeamento Urbanístico, assim como a ausência total de estratégia e planeamento  na área do Urbanismo Comercial, tem vindo a provocar o desaparecimento de vários estabelecimentos Tradicionais que garantem a Identidade de Lisboa como Cidade Autêntica e não como palco /Globalizado de eventos e “Happenings”.
António Sérgio Rosa de Carvalho / “A boa gestão do Turismo está intrísecamente e necessáriamente interligada com o Planeamento Urbanístico e Gestão do Espaço Público.” 19  de Agosto 2013 in “OVOODOCORVO”

Pires de Lima declara guerra à hotelaria paralela e evasão fiscal.

O combate à sazonalidade no Algarve não pode “entrar na miragem de que sol e mar têm importância relativa”, disse o ministro.
O Governo vai apresentar, nos primeiros meses do próximo ano, uma proposta legislativa que enquadre o alojamento local nas "novas realidades e tendências e combata o alojamento paralelo”. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, em Vilamoura, pelo ministro da Economia, Pires de Lima, na abertura da II Cimeira do Turismo de Portugal com o tema Sazonalidade: ameaça ou oportunidade?. A questão está a ser debatida como um desafio à região onde, nos próximos tempos, vão encerrar a maior parte das unidades por falta de clientes.
Pires de Lima declarou-se inimigo das “novas formas de alojamento que competem com base na evasão fiscal”. A questão, reconheceu, “é um problema sério, mas estamos empenhados em contribuir para a sua resolução já no próximo ano”.

Aos empresários, convidados pela Confederação do Turismo Português, deixou, neste encontro, a promessa de que podem contar com o Governo para “continuar a construir um destino mais diversificado no Algarve, mas nunca para entrar na miragem de que sol e mar têm importância relativa”. As praias, recentemente elevadas à categoria de “melhores praias do mundo”, disse, estarão na primeira linha das acções de promoção. “O produto sol e mar é, e terá de continuar a ser, uma âncora e prioridade-”

“Criar dificuldades, vender facilidades”
A competitividade do sector passa, afirmou, pela “burocracia asfixiante” que desmotiva e afasta os investimentos. “Queremos que Portugal deixe de ser percepcionado – sei que muitas vezes injustamente – como um país onde aos empresários se criam dificuldades para depois lhes serem vendidas facilidades.” O turismo residencial foi apontado por Pires de Lima como “um dos produtos que podem mitigar a sazonalidade”.

O sistema de vistos gold, destinados a atrair compradores para as muitas vivendas e apartamentos construídos, vai permitir a entrada em Portugal de cerca de 300 milhões de euros em 2013, o que "não é coisa pouca”, observou. Na missão à Rússia, que esta semana terminou, enfatizou, o “turismo residencial foi um dos pontos importantes da agenda, que mais interesse despertou”. A acção saldou-se pela criação de novas operações para o Algarve, no próximo ano, o que significa um “reforço de cerca de 30 mil turistas”.

Em relação à sazonalidade, o presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, afirmou que já viu “muitas vezes o filme da região das contradições” – a rebentar pelas costuras em Agosto, fechada nos meses de Inverno. “Tem sido sempre o mesmo filme ao longo dos anos – não me conformo, quero ver outro filme, com outro guião.”

Numa crítica directa às novas propostas do Governo para o sector, afirmou: "Os desafios do futuro passam por dotar o Algarve de meios financeiros para a sua própria promoção, e não esvaziar a região  da sua própria autonomia, porque somos nós que sabemos onde e como nos devemos promover.”

No que diz respeito a novas rotas e voos, Desidério Silva criticou o papel da companhia aérea portuguesa: “Não posso deixar de referir a TAP, que pouco ou nada tem contribuído para o desenvolvimento desta região ao não realizar voos de Faro para as principais cidades europeias, o que faz toda a diferença, mas toda a diferença, na captação de mais turistas para o Algarve.”

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