domingo, 17 de novembro de 2013

Jardim do Campo Grande em Lisboa reabre renovado.


Jardim do Campo Grande em Lisboa reabre renovado

Obras na zona norte do jardim duraram mais de um ano. Entre as novidades há um recinto de recreio para cães.
Mais verde, com mais luz e mais sustentável. É assim a renovada zona norte do jardim do Campo Grande, em Lisboa, que agora reabre depois de mais de um ano em obras, que custaram cerca de 1,8 milhões de euros.
Os trabalhos começaram em Agosto de 2012 e deveriam demorar meio ano, mas prolongaram-se. Em comunicado, a Câmara de Lisboa explica que o jardim “foi convertido num espaço verde mais atractivo e com maior capacidade de carga para albergar novos usos e novas funções”, aproveitando a proximidade com o campus universitário.
A câmara optou por renovar todo o piso do jardim, reforçar a iluminação pública e modernizar o sistema de rega. Numa visita ao jardim com o PÚBLICO no início de Outubro, o vereador dos Espaços Verdes, Sá Fernandes, explicava que o objectivo era fazer do Campo Grande “um jardim sustentável”. O lago que existe no centro daquele espaço foi impermeabilizado e a água utilizada para o encher passará a servir para regar as zonas verdes em redor.
A autarquia lançou um concurso público para a exploração do restaurante que existe junto ao lago. Também os barcos a remos que fazem parte da imagem do jardim deverão voltar à água. Segundo o vereador, a intenção é que o concessionário mantenha o negócio.

Espaço para cães brincarem
E há novidades: o jardim acolhe agora "o primeiro recinto de recreio canino da cidade de Lisboa”, segundo a câmara. É um espaço vedado junto à Avenida do Brasil, com vários obstáculos, onde os cães podem “correr e brincar soltos e em segurança”, diz a autarquia em comunicado, acrescentando que a ideia é replicar este parque noutros espaços verdes da capital.
Numa parceria entre a autarquia e a Sociedade Portuguesa de Matemática, foram também criados "vários elementos que decoram o espaço".
Os dois campos de ténis e o ringue existentes foram entregues à Universidade de Lisboa, que os concessionou a um privado para abrir nove campos de padel, dos quais três estão já concluídos, segundo a autarquia.
Caleidoscópio à espera de obras
A universidade tem nas mãos também o antigo centro comercial Caleidoscópio, um edifício hexagonal dos anos 1970 situado na zona norte do jardim. O objectivo é transformar o imóvel num centro académico, segundo um protocolo celebrado em Março de 2011 entre a Universidade de Lisboa e a autarquia. Estava previsto que o centro estivesse pronto em 2012 mas as obras ainda não arrancaram.
“Desde o início dissemos que a Universidade de Lisboa nunca teria condições para fazer a requalificação, com um custo que ronda os dois milhões de euros. Temos feito contactos para encontrar um parceiro privado que promova a requalificação total e aproveite parte do espaço para um negócio”, explicou ao PÚBLICO, em Outubro, Luís Guimarães de Carvalho, chefe de gabinete do reitor António Cruz Serra.

Depois de um concurso público que ficou vazio e de um anúncio publicado num jornal, a instituição encontrou uma empresa interessada em explorar um restaurante no antigo centro comercial, mas ainda não foi possível formalizar um acordo entre as partes. “Na melhor das hipóteses”, diz Guimarães de Carvalho, se tal acontecer “até ao final do ano”, as obras poderão arrancar “no início de 2014”.

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