sábado, 28 de setembro de 2013

Rohani recebido em Teerão com vivas mas também com gritos de "morte à América"

O Presidente Rohani esteve cinco dias em Nova Iorque

Rohani recebido em Teerão com vivas mas também com gritos de "morte à América"

Imprensa iraniana saúda conversa telefónica histórica entre os Presidentes do Irão e dos EUA
O Presidente iraniano Hassan Rohani foi recebido neste sábado de manhã no aeroporto de Teerão por centenas de apoiantes mas também por um grupo de adversários que gritaram “morte à América”.
Entre 200 a 300 apoiantes de Rohani reuniram-se no exterior do aeroporto e à passagem da caravana presidencial gritaram: “Obrigado Rohani”.
No mesmo local, cerca de 60 jovens islamistas gritaram “morte à América” e “morte a Israel”. Um dos jovens lançou um sapato contra o veículo do Presidente sem, no entanto, conseguir atingi-lo, testemunhou o repórter da AFP.
Em pé num carro de tecto aberto, Rohani sorriu e acenou, rodeado de seguranças.
O Presidente iraniano regressou a Teerão após cinco dias de visita a Nova Iorque, onde participou na Assembleia geral das Nações Unidas. Foi uma semana intensa de diplomacia destinada a relançar as conversações sobre o programa nuclear iraniano e que terminou com uma conversa telefónica histórica com o Presidente americano, Barack Obama. Desde 1979 que não acontecia um contacto destes ao mais alto nível entre americanos e iranianos.
A imprensa iraniana que foi para as bancas neste sábado saudava, na sua maioria, o telefonema “histórico" entre Rohani e Obama, falando do “fim de um velho tabu de 35 anos”
Mas num texto de opinião publicado no jornal Etema, Ali Bassiri, professor de relações internacionais, avisa contra os “extremistas” que se opõem aos contactos entre os dirigentes dos EUA e do Irão.

“Para além dos extremistas (dentro do país) que são hostis a uma melhoria das relações Irão-EUA, também há opositores na região. Muitos países, em particular o regime sionista [Israel], consideram que os seus interesses estão em perigo com a normalização das relações entre o Irão e os EUA e vão tentar que isso não aconteça”.

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