sexta-feira, 9 de agosto de 2013

É possivel fazer "vibrar' a criatividade numa zona degradada ... mas com respeito pelas características Patrimoniais e qualidade residencial. *por António Sérgio Rosa de Carvalho./13/05/2012.*


ATENÇÃO !!! Correm Rumores que o acto arbitrário e de Vandalismo perante a Unidade do Património Pombalino, a pintura "rosa" do pavimento na Rua Nova do Carvalho, vai ser repetido brevemente ...
Esta forma subjectiva/ exclusiva, omnipresente e omnipotente de "marcação de território" por uma das "actividades" da Zona não pode nem deve ser permitida pela Câmara ... Lisboa é mais do que um Palco de Eventos e Animação Globalizados ... é também uma cidade onde Vivem e Moram Pessoas !
António Sérgio Rosa de Carvalho.



*A Rua Nova do Carvalho revisitada ... por António Sérgio Rosa de Carvalho. em 13/05/2012
Entretanto o "Rosa" entrou na inevitável metamorfose nojenta e decadente ... só "shabby" sem ... chic ... mas há que distinguir a lamentável intervenção na Via Pública, de outras iniciativas ... essas com qualidade ...
Escrevia eu aqui em 20/12/2011
Há muito tempo que defendo uma VERDADEIRA Reabilitação e Recuperação do Largo de S.Paulo e Mercado da Ribeira ... os que me acompanham serão testemunhas, através dos meus “posts” ... destas preocupações ...
Claro que a ‘redescoberta’da Rua Nova do Carvalho e dos “bares’ do Cais do Sodré ( com toda a mistura entre ‘Bas-Fond Vintage’ e ‘decors’ anos 60-70 ) pelas ... vibrações Nostálgico-Criativas e pelo Cool-Vintage ... tem desempenhado um papel positivo numa zona antes ‘mono-funcional’, decadente e impenetrável para fora das pessoas do “meio’.
É muitas vezes, através destes reconhecimentos e destas invasões eclécticas ... que a recuperação se inicia ... muitos exemplos noutras cidades Europeias o ilustram ( Berlim vive uma especial efervescência nos últimos anos ).
Mas para isso poder acontecer com equilíbrio e salvaguarda daquilo que garante a base qualitativa do sucesso, tem que existir uma estratégia eficaz de Restauro do Património Arquitectónico e garantia de Preservação das suas características Fundamentais.
Ora, a C.M.L. para tentar compensar e camuflar a total ausência de uma estratégia de Reabilitação Urbana tem apoiado acções ‘pseudo-criativas’ como os murais-Graffitis e agora a acção “feitichista” de “marcação de território” através ‘do rosa pastilha elástica’ numa via pública ... com o alibi de irreverência criativa ...
Este é um caminho perigoso ... e acima de tudo ... da parte da C.M.L. ... mentiroso ... de falso progresso ... pois não cabe ao Executivo da C.M.L. garantir o Restauro Impecável do Arquétipo- Pombalino que constitui o Largo de S.Paulo, do Magnifico edifício do Mercado e do edificado da Rua Nova do Carvalho?!?
É preciso “puxar para cima”, para garantir que Lisboa não se transforme numa espécie de uma Nova-Havana (Cuba) , que é visitada em busca de patine decadente e de um “Shabby Chic”de difícil equilíbrio.
Aliás, Lisboa, neste difícil equilibrio, está a perder completamente o ‘Chic’ ... e brevemente só ficará o “Shabby” e a decadência ...
Portanto “Pensão Amor”... sim ... invasão e expansão na Via Pública ... em assinatura feitichista Rosa – Schoking ... para marcar território ... Não! ... ( e muito menos no Arco-Património Pombalino! )

 


 Sol e Pesca
Louvável e Inteligente intervenção … de ser incluida na minha rubrica … “Inteligência Empresarial e Sensibilidade Patrimonial”…
Sucesso Comercial, e Total e Inteligente manutenção de um Património de Interiores e Memórias … agora reintegrado e ressuscitado nas Vivências e Vibrações Quotidianas …







Entretanto ... inexplicávelmente ... as janelas autênticas Pombalinas datando do Sec XVIII deste edifício, resultado de Recuperação – Restauro impecável, que levou à publicação de um livro ilustrador de todas as fases da Intervenção foram criminosamente substituídas … se um ai nem ui … da C.M.L. … o que ilustra o “interesse” do Vereador Manuel Salgado por estes detalhes … que ele classifica como exageros da “Pedrinha e do Azulejo”
Aqui a transcrição da reacção do Autor do Projecto, ao meu “Post”:
João Appleton disse...
Só algumas correcções em relação ao 'artigo' e aos comentários:
1. O promotor do edifício começou por ser a EPUL mas durante a obra já pertencia à SRU da Baixa que posteriormente o vendeu;
2. A caixilharia de guilhotina não era nova. Era a caixilharia original do Séc. XVIII e tinha uma qualidade excepcional pois chegou aos nossos dias em condições de ser recuperada. Pelo interior, e por questões de acústica, a caixilharia foi duplicada com outra caixilharia de madeira, essa sim nova, equipada com molas encomendadas especificamente para facilitar a manobra;
3. Considero que não foi seguida a cartilha das unidades de projecto até porque a opção por restaurar a caixilharia partiu da avaliação e posterior decisão dos projectistas. Tratou-se sim de uma reabilitação, feita com grande empenho de todos os intervenientes - projectistas, dono de obra e empreiteiro;
4. Por tudo parece-me especialmente grave a forma como os novos proprietários fizeram a alteração (licenciaram-na?) - que eu saiba, era um dos poucos edifícios da baixa que conservava a caixilharia original;
5. Quando soubemos da alteração, enviámos um mail para a CML, mas não sabemos com que resultado;
6. O edifício é da autoria da Appleton e Domingos e para quem tiver interesse em perceber o processo de reabilitação e especificamente os pormenores da caixilharia poderá consultá-los no livro 'Biografia de um Pombalino'.



 É preciso “puxar para cima”, para garantir que Lisboa não se transforme numa espécie de uma Nova-Havana (Cuba) , que é visitada em busca de patine decadente e de um “Shabby Chic”de difícil equilíbrio.
Aliás, Lisboa, neste difícil equilibrio, está a perder completamente o ‘Chic’ ... e brevemente só ficará o “Shabby” e a decadência ...
Dois edifícios frente a frente na Rua do Alecrim ... que pensarão os investidores e proprietários do Hotel Lx, das tendências de evolução sociológica e comportamento humano na envolvente, em direcção ao futuro … ?



Claro que a ‘redescoberta’da Rua Nova do Carvalho e dos “bares’ do Cais do Sodré ( com toda a mistura entre ‘Bas-Fond Vintage’ e ‘decors’ anos 60-70 ) pelas ... vibrações Nostálgico-Criativas e pelo Cool-Vintage ... tem desempenhado um papel positivo numa zona antes ‘mono-funcional’, decadente e impenetrável para fora das pessoas do “meio’.
É muitas vezes, através destes reconhecimentos e destas invasões eclécticas ... que a recuperação se inicia ... muitos exemplos noutras cidades Europeias o ilustram ( Berlim vive uma especial efervescência nos últimos anos ).

Pensão Amor
Numa Perspectiva do Património Pombalino, e independentemente das interpretações artísticas forçosamente colocadas no tempo e prisioneiras de tendências, modas e “ondas” passageiras … esta intervenção, respeita essencialmente as características dos interiores, e aliás, a cultura “vintage” tende essencialmente para uma vivência nostálgica de um passado erodido e “patinado” ... e ... é portanto, no que respeita o Património, conservadora, ou melhor, muito mais conservadora que a fórmula de “Reabilitação” de Interiores Pombalinos – Vereador Manuel Salgado – que é sinónimo de total demolição …
Portanto … quando a “onda” passar … os Interiores Pombalinos ainda lá estarão … em todas as suas características de Tipologias e Materiais para serem Restaurados !
Portanto … “Pensão Amor”... sim ... invasão e expansão na Via Pública ... em assinatura feitichista Rosa – Schoking ... para marcar território ... Não! ... ( e muito menos no Arco-Património Pombalino! )








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