domingo, 26 de maio de 2013

"Ventos" do Norte "uivam" sobre as ruínas do PSD. A Revolta do Porto.A inevitável e necessára Renovação no PSD ... e as sinergias vindas do Porto.

"Ventos" do Norte "uivam" sobre as ruínas do PSD. A Revolta do Porto.

A inevitável e necessára Renovação no PSD ... e as sinergias vindas do Porto.

Tudo indica que o tão necessário processo de “renovação durante e pós-troika” do PSD, vai passar por “sinergias” que estão a germinar no Porto ( Moreira/Rio/ … e não esquecer o eventual retorno de Paulo Rangel ).

Os Dinossauros estão dialécticamente condenados pelo “Processo Histórico”, a “Zeitgeist” e pelas exigências populares de purificação / “catharsis”.

Claro que o que se passa tem a ver com Política, embora não seja demais recomendar o mais alto rigor financeiro e controle de despesas nas “SRU’s”…

A mim, pessoalmente, o que me preocupa é o rigor de execução da chamada “Reabilitação Urbana” e a máxima preservação das características únicas e insubstituíveis do Património Arquitectónico, ( INCLUINDO os Interiores ) que precisamente garantem ao Porto, o Prestígio e o Estatuto … de Património Mundial e respectiva autenticidade / atracção Turística.

Não esquecer o Pânico instalado e respectiva pressão e Urgência dos Construtores Imobilários e afins, e nào esquecer também o Relatório do ICOMOS … sobre a intervenção das Cardosas

Entretanto, o até agora homem invisível, Seara, manifesta-se na área social e financeira apelando ao rigor … mas de forma muito vaga e demagógica, cavalgando a “onda” populista de insatisfação/crise, tentando perfilar-se como "reformista", enquanto a Distrital revela nervosismo e distribui ameaças de represálias na melhor tradição de clientelismo partidário … Onde estão as urgências pela defesa da autenticidade de um Património Cultural /Arquitectónico cada vez mais ameaçado por Salgado / Aires de Mateus / Byrne e respectivo conceito de “Reabilitação Urbana”?

António Sérgio Rosa de Carvalho.

P.S. Voltei a publicar em baixo, o “post” “Visita ao Porto”.

Várias personalidades do Porto uniram-se para mostrar que o Governo não sabe ler o País.

Mais uma frente de pressão sobre Passos


No final de 2012, o eurodeputado Paulo Rangel pediu um "15 de Setembro" no Porto contra o centralismo do Governo. Ao contrário das suas eventuais expectativas, o desafio não se concretizou, mas nem por isso as raízes mais fundas de um mal-estar na cidade contra várias decisões que afectam o futuro da área metropolitana não deixaram de alastrar. Ontem, Rui Rio cumpriu de outra forma o desejo de Rangel. Se nas ruas não se viu uma manifestação, puderam encontrar-se dentro de um hotel muitos dos mais relevantes protagonistas da vida política, científica ou empresarial da cidade. Rio não se "lembra" de na história da cidade ter visto o Porto "unido desta forma tão transversal". Tem razão. Porque talvez nunca como por estes dias se acumularam tantas razões de queixa. Razões que merecem a condenação de empresários discretos, a censura de cientistas habitualmente distantes do debate político ou de autarcas que, como Fernando Gomes, normalmente estão do outro lado da barricada onde se situa Rui Rio. O que de imediato uniu todas estas personalidades (cerca de 130) foi o "ataque" do Governo à Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto, mas não é crível que um diferendo sobre contas pudesse suscitar tanta unidade e tanta mobilização. Por detrás desta irrupção contestatária há um conjunto de decisões políticas deste Governo que, sob a égide de um pretenso interesse nacional, contrariaram sistematicamente as aspirações da Junta Metropolitana, da universidade ou das elites empresariais. Decisões como a que levou à privatização da ANA sem acautelar a especificidade e relevância social e económica do aeroporto do Porto, como a ameaça que paira sobre a gestão autónoma do Porto de Leixões, como as tentativas de esvaziamento da RTP Porto ou como essa absurda tese que leva a considerar o presidente da Comissão de Coordenação e de Desenvolvimento Regional (a escola que estruturou o Norte pela acção de pessoas como Valente de Oliveira, Braga da Cruz, Arlindo Cunha ou Silva Peneda) numa mera direcção-geral do Governo. Rui Rio serviu-se da "ofensiva" contra a reabilitação urbana do Porto (uma urgência nacional), como poderia servir-se de muitas das outras razões de queixa. Fê-lo porque soube interpretar um profundo desagrado sobre a atitude do Governo em relação ao Porto (ou em relação ao "outro" país). Num ápice, o Porto dos "notáveis" rendeu-se-lhe. O Governo fica avisado e o seu candidato às autárquicas, Luís Filipe Menezes, sabe que este estado de espírito vai afectar a sua caminhada. Ontem, em vez de pedir contas à SRU, como o fizeram as estruturas distritais do PSD, Menezes pediu a Vitor Gaspar para entregar os 2,5 milhões que o Estado deve à sociedade. Sinais dos tempos. Tempos em que o Porto decide irritar-se para abrir mais um flanco de pressão sobre um Governo incapaz de perceber que um país é também a soma das suas partes. Editorial / Público

Rui Rio quer que Cavaco se envolva na questão da empresa Porto Vivo.

Por Margarida Gomes in Público
26/05/2013

Presidente da Câmara do Porto reuniu com uma centena de "notáveis" para analisar o impasse criado pela recusa do Governo em participar no financiamento da dívida da Sociedade de Reabilitação Urbana
Sem capacidade para entender o "boicote" que o Governo está a fazer à Sociedade de Reabilitação Urbana - Porto Vivo, que "desde 2005 já conseguiu mais de 500 milhões de euros de investimento privado", o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, mobilizou a cidade para esta causa e ontem acusou o executivo de querer "matar um projecto que cria emprego, crescimento económico e dinamismo".
Ao que o PÚBLICO apurou, o presidente da Câmara do Porto deverá pedir uma audiência ao Presidente da República, Cavaco Silva, por causa da Porto Vivo.
Um total de 2,4 milhões de euros é o valor que o Estado deve à Sociedade de Reabilitação Urbana, verba que é vital para o futuro da empresa. "E com estas atitudes de tão fraco sentido de responsabilidade o Governo diz ostensivamente aos portugueses em geral, e aos portuenses em especial, que, no Porto, a reabilitação urbana não faz parte do seu programa de acção, por muito que, no discurso político, reafirma à exaustão o seu empenho nesta causa", lê-se na Carta Aberta ao Governo de Portugal, assinada por 130 personalidades do Porto.
Ao longo da manhã, foram muitas as críticas que se ouviram contra o Governo, primeiro à porta fechada, no encontro, promovido por Rio e no qual participaram mais de uma centena de personalidades, e depois em declarações aos jornalistas, onde o autarca não poupou o executivo liderado por Pedro Passos Coelho.
Segundo várias fontes contactadas pelo PÚBLICO, Rio fez um dos mais violentos ataques ao Governo, acusando o maior accionista da SRU, o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IRU), em representação do Estado, que detém 60% do capital, de recusar a proposta de venda de dois edifícios no Quarteirão das Cardosas, onde se situa o hotel onde decorreu o encontro, pelo valor de um milhão de euros, acrescentando aqui que votaria contra qualquer proposta do conselho de administração da Porto Vivo.
"Não querem nem receita, nem despesa, querem falência", disse Rio. Muito criticada foi também a posição assumida pelo presidente do IHRU, Vítor Reis, que, numa carta enviada à SRU com data de 21 de Maio, solicitava ao conselho de administração da Porto Vivo para proceder à revisão do plano de actividades e orçamento para este ano (...) "de forma a assegurar a apresentação de um resultado líquido positivo ou nulo, excluindo quaisquer contributos por parte do accionista". "Até à aprovação e à aprovação do plano de actividades e contas para 2013 deverá o CA limitar a sua acção a actos de mera gestão corrente, salvo os que visem a redução de custos".
Debaixo de fogo de Rio estiveram a secretária de Estado do Orçamento, Maria Albuquerque, e a ministra Assunção Cristas. Um outro interveniente também não poupou a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, afirmando que quando um "elemento do Governo é manifestamente incompetente e impreparado e não tem qualquer visão estratégica, nem noção da realidade, deve-se partir para o patamar superior, que é o primeiro-ministro. E os subscritores da carta acreditam que Passos Coelho vai chamar o processo a si.
A propósito das críticas, Assunção Cristas revelou que o Estado quer deixar "o quanto antes" de ser accionista das SRU no Porto, Coimbra e Viseu.
Rui Rio advertia para a "vitalidade que o Porto e a Baixa estão a ter" para acrescentar: "Não podemos criar ainda mais desemprego e mais depressão, isto tem a ver com salvar um projecto vital que cria emprego, que defende o património cultural, que arrasta a construção civil".
Refutando que a iniciativa tenha quaisquer conotações político-partidárias, Rui Rio afirmou existir "aqui uma coisa única: todos os sectores de actividade, todos os presidentes de Câmara do Porto eleitos ainda vivos [Aureliano Veloso e Fernando Gomes] todos os reitores da Universidade que também estão vivos [Luís Oliveira Ramos, Alberto Amaral e Marques dos Santos], os principais empresários, cientistas, presidentes de conselhos científicos das principais faculdades, ou seja, o Porto completamente unido, repudiando uma atitude do Governo para com a Sociedade de Reabilitação Urbana. Chega a ser emocionante como é que se consegue juntar tanta gente desta maneira".
Alguns dos subscritores da carta notavam que os maiores empregadores privados do país estão envolvidos neste movimento em defesa da regeneração da cidade, numa alusão a empresários e gestores como Belmiro de Azevedo (Sonae), Américo Amorim (do grupo Amorim), Artur Santos Silva (BPI), Macedo Silva (RAR), Ferreira de Oliveira (Galp).
Ao PÚBLICO, o arquitecto e vereador da Câmara do Porto Manuel Correia Fernandes elogiou o movimento e disse: "Finalmente, a revolta", porque "com este interlocutor ao nível do poder central não vamos longe". E vaticinou: "É muito difícil que isto não tenha consequências", rematando: "Isto é um grito que toca naquilo que é fundamental, que é a seriedade entre as instituições".
D. Manuel Clemente, Sobrinho Simões, Daniel Bessa, Manuel Sampaio Pimentel, Odete Patrício, Álvaro Castello-Branco, Emídio Gomes, Carlos Abrunhosa Brito, Rosário Gamboa e Braga da Cruz também subscrevem a carta.
Menezes, nítidamente secundarizado, corre atrás do pelotão.


Menezes também escreveu ao Governo

26/05/2013

Candidato do PS ao Porto fala de "hipocrisia"
Não foi apenas Rui Rio que promoveu uma carta aberta ao Governo por causa da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU). O candidato social-democrata à Câmara do Porto, Luís Filipe Menezes, tomou também a iniciativa de escrever sexta-feira uma carta ao ministro das Finanças, apelando para que seja "de imediato libertada" pela tutela a verba devida à SRU referente à reposição do prejuízo da empresa em 2010 e 2011.
Entende Menezes que o desbloqueamento da verba em causa seria um "valor simbólico muito importante".
Manuel Pizarro, candidato do PS à Câmara do Porto, reagiu ontem à carta que o autarca de Gaia escreveu, afirmando, em comunicado, que "é um refinado exemplo de hipocrisia política" e fala de "tacticismo político".
"Nos últimos dois anos, o autarca de Gaia [Menezes é o actual presidente da autarquia gaiense] tem estado sempre do lado do Governo contra o Porto. Não faltam exemplos: esteve do lado do Governo contra o Porto em relação à autonomia do porto de Leixões, à privatização da ANA sem acautelar o Aeroporto Sá Carneiro, ao corte dos apoios à Casa da Música", referiu Manuel Pizarro num comunicado, considerando que a carta enviada agora é "incoerente". Em relação à SRU, Pizarro lembra que "ainda em Abril" Menezes "criticou o funcionamento" da SRU, "colocando-se do lado do Governo contra o Porto, dando razão à posição do IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]". M.G.


"Há quem não aceite as regras da democracia interna", lamentou o presidente da Distrital de Lisboa do PSD.

"Quem escolher travar esta batalha pelo lado de fora ficará depois de fora", avisou, após elogiar as intervenções proferidas esta manhã pelos candidatos sociais-democratas às câmaras de Sintra, Pedro Pinto, e de Oeiras, o independente Moita Flores.
 Fernando Seara diz que economia de Lisboa está em sofrimento


Por Agência Lusa
publicado em 25 Maio 2013 in (jornal) i online

O presidente da Câmara de Sintra considera que o cidadão trabalha "para alimentar muitas rendas absurdas"
O candidato designado pelo PSD para a presidência da Câmara de Lisboa, Fernando Seara, afirmou hoje que a economia da capital está em sofrimento por causa de "senhorios" institucionais e de empresas monopolistas que esmagam os cidadãos.
Fernando Seara falava na sessão de encerramento de uma conferência promovida pela JSD/Lisboa, subordinada ao tema "Desafios 2013, as nossas soluções".
Na sua intervenção, que foi bastante aplaudida pela plateia, Fernando Seara sustentou que as câmaras da Área Metropolitana de Lisboa geridas por maiorias sociais-democratas estão em condições de promover uma redução de impostos.
Mas, na sua perspetiva, a Câmara da capital, liderada pelo socialista António Costa, apresenta uma situação distinta.
"Hoje a economia da cidade está em sofrimento, refletindo as condições de degradação do cidadão, da empresa e da ausência de qualidade institucional. O cidadão nesta cidade possui um conjunto de senhorios: A EMEL, a EDP, a EPAL, as taxas e os impostos que esmagam a disponibilidade do cidadão para viver a sua cidade e para se dispor à felicidade", disse.
De acordo com o presidente da Câmara de Sintra, o cidadão trabalha "para alimentar muitas rendas absurdas, para alimentar a ineficiência institucional, a obesidade e a ganância de muitos prestadores de serviços, públicos ou monopolistas".
"Este é o cerne da reforma do Estado, de qualquer Estado. A cidade definha e aguarda a mudança de atitude e de liderança. Por isso, é decisivo agir para o bom futuro económico da cidade", vincou.
Na anterior intervenção, o líder da Distrital de Lisboa do PSD, Miguel Pinto Luz, deixou uma advertência aos sociais-democratas que nas próximas eleições autárquicas se candidatam em "falsas" listas independentes.
"Há quem não aceite as regras da democracia interna", lamentou o presidente da Distrital de Lisboa do PSD.
"Quem escolher travar esta batalha pelo lado de fora ficará depois de fora", avisou, após elogiar as intervenções proferidas esta manhã pelos candidatos sociais-democratas às câmaras de Sintra, Pedro Pinto, e de Oeiras, o independente Moita Flores.
Tanto Moita Flores como Pedro Pinto criticaram que figuras rejeitadas pelo PSD tentem agora preencher o espaço que "de boa-fé" foi aberto pelo parlamento para o surgimento de verdadeiras candidaturas independentes.
Miguel Pinto Luz apelou também para que os sociais-democratas contrariem a confusão que se pretende instalar entre eleições legislativas e autárquicas, salientando que em setembro próximo não é o Governo quem será sujeito a julgamento por parte dos eleitores.


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