sexta-feira, 17 de maio de 2013

Estado estranha que a Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto ainda não tenha apresentado correcções às contas.

Vítor Reis recusa críticas da Câmara do Porto à actuação do instituto a que preside

Estado estranha que a Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto ainda não tenha apresentado correcções às contas
Por Lusa in Público
17/05/2013 - 19:59

Presidente do Instituto da Reabilitação Urbana lembra que já passou um mês desde a assembleia-geral da Porto Vivo.

O presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) “estranha” que a Sociedade de Reabilitação Urbana -- Porto Vivo não tenha ainda apresentado as correções às contas do ano 2012 solicitadas na última assembleia-geral.
“Decorrido um mês após a reunião da assembleia-geral da SRU -- Porto Vivo, na qual o IHRU recusou a aprovação das contas relativas ao ano de 2012, para evitar a insolvência da sociedade, ainda não foram apresentadas as correcções solicitadas”, pode ler-se num comunicado assinado pelo presidente do Conselho Directivo do IHRU, Vítor Reis.
De acordo com o mesmo texto, e dado o tempo decorrido desde esta última assembleia-geral - que aconteceu a 18 de Abril - “o IHRU não pode deixar de estranhar a sucessão de notícias originárias da Câmara Municipal do Porto sobre a SRU, sem que esta apresente as contas conforme foi deliberado”.
O instituto sublinha que na referida assembleia-geral foi deliberado que “o Conselho de Administração deveria proceder à reforma das contas da sociedade, no que respeita à operação do Quarteirão das Cardosas, de forma a assegurar a devida valorização dos activos existentes, eliminando as correspondentes imparidades”.
“Recorda-se que na versão inicial das contas de 2012, apresentadas em Março passado, a sociedade apresentava prejuízos que ascendiam a 9,2 milhões de euros, dos quais 7,6 milhões de euros se reportavam à operação do Quarteirão das Cardosas”, acrescenta.
O IHRU afirma ainda que na reunião realizada, a 20 de Março, “entre os acionistas e o Conselho de Administração, este último foi incumbido de rever as contas” e que “a 18 de Abril o Conselho de Administração apresentou uma nova versão das contas em que os prejuízos eram de 7,1 milhões de euros, dos quais 5,5 milhões de euros se referiam ao Quarteirão das Cardosas”. “Nesta assembleia-geral o IHRU recusou a aprovação destas contas”, enfatiza.
Esta situação vivida na SRU tem sido alvo de críticas reiteradas pelo presidente social-democrata da Câmara do Porto, Rui Rio, que acusa o Governo de não pagar o que, há dois anos, deve à SRU e de a querer “abandonar e deixar falir”, tendo já confessado que esta é a sua “maior preocupação” em final de mandato.
Terça-feira, o deputado do PS Manuel Pizarro garantiu que o projecto de resolução que recomenda ao Governo que “honre os compromissos” com a Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto “terá consequências” e será votado em plenário em Junho. Em abril, a coligação PSD/CDS-PP já tinha viabilizado na Assembleia Municipal do Porto uma moção do PS exigindo do Governo o “cumprimento dos compromissos assumidos” com a cidade e com a SRU.

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